quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

València - una mena de marató

Una mirada portuguesa
Arrosegava les cames en un manera estranya i nova de caminhar. Malalities comús de qui fa una marató… peró només vaig correr deu kilometres… Vaig arribar de Valencia, de una marató amb una organizació increible i amb una Arribada d'altre món. 


Cinc mesos abans vaig investigar diversos plans i exercicis tècnics de atletisme per fer un plan de entrenaments brutal. Hauria de entrenar tècnica, velocitat, ritme, resistência i tot pensat en micro i macro cicles setmanals. Una setmana després de terminar el plan... Vaig fer una ruptura els isquiotibials... 
He fet els 10 primers kms de la marato on he vist aquesta noia porta el seu nadó en un cotxet. Serà que va arribar així a la meta? 

Doncs, des de Lisboa, adéu marató. Peró já havia pagat el avió, el hotel i la inscrició i hauria de gaudir del viatge i dels amics.

La ciutat ens va rebre amb les sevas torres i esglésies constrüides de pedres que em semblan remullades en safrá. El sol també ens va brindar amb uns dies de un estiu hivernal. La torre de la Séu, el Miquelet, em va recordar de seguida la torre de la església de Santa Maria a Puigcerdá. Benvinguts al gòtic català d’una banda el altre…

Abans i després de la marató, passejant per la ciutat, en rituals de preparació i recuperació, hem trobat plaças i esglésias. I, com som en temps nadalencs, vam començar per la de San Nicolau, de estil gótic e barroc. Van demanar “un áudio-guia en anglés i cinc en espanyol, si us plau”… contesto “No! Un áudio-guia en anglés, quatre en espanyol i una en valenciá, si us plau”.

-“Es que parlo una mica de Catalá” amb vuit ulls sorprés mirant-me i altres dos, de la meva dona, mareats .

-“ah, molt bé”, m’há dit la noia amb un sonriure orgullós. -“Merci”…”De rés”

Després de une visita a una sex-shop, on mai vaig practicar la llengua, i d’un dinar de pasta, va ser hora de anar a la església barroca dels Juanes (Joanes?). Un cop més “si us plau, son 4 audio-guies en espanyol, una en anglés i…”, “un en valenciá, es que hi ha un freak en el grup”. Una vegade més vaig sentir el noi orgullos de la seva llengua. “I parlas molt bé” m’ha dit. Em vaig fondre quan la noia va fer une relliscada.…

Finalment, una darrera visita, el museo de la Seda. Una industria florescente a la ciutat des de la edar mitjana fins al ségle divuit, i que há creat arrels al Pais Valenciá, el vespre hem trobat noias i nois vestits com al segle divuit que es dirigien a un ball tradicional, on s’escoltava una gralla. 

Bé, com esperava, la ciutat es un creuament de dues cultures, une fundació sarraïne i després catalana, i a une altre banda una influencia castellana. I aixó va crear una lluita interior. El pais sempre va demonstrar la seva distincio amb catalunya I en les primeres impressions, la ciutat es ven, i claramente amb els maratoner va ser aixi, com una gran ciutat moderna espanyola. Amb festes “de toros”, tapas i sevillanas.


Peró un ull més vigilante va trobar, de manera una mica amagada, una ciutat que guarda només per si mateix, una cultura de arrels catalans, com la llengua i molt de la seva arquitetura. Que a vegades s’envergonya d’aquesta, peró en realitat la ciutat te´una identitat propi i es en aquesta identitat que penso que les sevas gents haurian de invertir.

El final, en un dia ple de pluja i fred, abans de la eixida fins a l’aeroport, un dinar de arrós de fesols i naps. Un brou de arrós de safrá amb fesols i naps, un recepte d’hivern que ens ha escalfat el cor. Adeu Valencia, ens tornarem a trobar.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Sintra Xtreme Trail - Uma história de Natal


Uma história de natal

Diferente

Só Minha

 

Domingo

Ainda os olhos do Sol não se tinham aberto totalmente e já estava parado na linha de partida, com o controlo zero feito, o colete, a manta, os géis e as barras energéticas, as garrafas de água cheias, coladas a um peito que bate forte, e um boné bem apertado à cabeça para prender algum segredo que pudesse ter vontade de voar. 

Aquele silêncio gritava-me, na espera de uma prova que demorei anos a sonhar. Quando soasse o apito abrir-se-iam as portas para uma aventura de 31 kms que me iria lançar pelas entranhas da serra mais sonhada, por subidas e descidas, estradões e trilhos que serpenteiam adentro do ventre mais verde de Sintra.

Transportava um segredo comigo…

Segunda-feira

Abri os olhos… deitado na cama com o cérebro já a tomar o pequeno-almoço e querer sair enquanto o coração tinha medo de dar o primeiro passo. É hoje! Tomei banho, vesti-me e comi com a maior naturalidade que conseguia ter. Com a minha mulher, obriguei-me a conduzir o carro e o corpo até ao Centro Paroquial.

Uma conversa com a diretora do centro e uma psicóloga introduziram-me e levaram-me à casa onde estavas, sem saber que eu vinh32a. As minhas mãos suavam, o tambor fazia de coração, quando abrissem aquela porta finalizar-se-ia a maior travessia no deserto da minha vida, e iniciar-se-ia a maior aventura, a mais sonhada, a mais lutada, cheia de ilusões prados verdes onde sorrir, correr e dançar, lagos para chorar e montanhas para trepar.

Domingo

Disparou o tiro, disparou o coração e disparámos a correr dos Bombeiros de São Pedro serra acima pela rampa de Santa Eufémia. Tento acompanhar os meus companheiros, alguns ficam para trás, pouco a pouco começo a ouvir o meu corpo pedir-me contenção e deixo outros tantos ir numa viagem que cada um terá de fazer só.


A subida pela encosta nascente de Sintra até ao primeiro abastecimento é feita ainda com as garrafas repletas de entusiasmo, no Chalé da Condessa, por cima de estradões e por baixo de eucaliptos. Ali reabasteço de líquidos e, já cá em cima da serra, mergulho de cabeça num mundo de brumas e sombras, pintado de castanho, verde-escuro e branco, onde o futuro só se deixa descobrir depois de cada curva.

Segunda-feira

Num tiro, eu e a ansiedade empurramo-nos um ao outro, ao passar pela porta, as senhoras do centro de acolhimento desarmam-me os nervos com um grande sorriso. Eram 10h da manhã, tu tens 11 meses, uma pele cor de mel e ainda dormes. Dizem-me que dormes a noite seguida, que ainda não andas e que sempre que passa música, sem que ninguém te tivesse ensinado, o teu corpo reage a dançar.

Em apenas algumas horas tenho de aprender a tua vida toda, aprendo a fazer o leite e o biberão, a fazer papa, a fazer a sopa, a trocar fraldas com cocó e sem cocó, dar banho, aprendo a adormecer-te para a sesta. A levar-te para o parque a andar e correr segurado pelas mãozinhas…

São 21h, não jantei e alucino num raide ao Ikea de Alfragide para comprar um quarto de bebé com urgência. Um berço, um colchão, duas almofadas, dois edredons, lençóis, fronhas, um armário, uma cómoda, um tapete e uns quadros para dignificar o quarto despido que havia dentro. Entregam na 4 quarta…

Domingo


A corrida entra no meu mundo preferido de brumas, sombras e odor de terra molhada. Aqui tudo é vivo e tudo é uno. Seres invisíveis acompanham-me nos lençóis de névoas, entram no bosque de cedros e pouco a pouco um frio invernal vai tomando conta do meu corpo.

Mas este é o meu lugar, onde treino todos os fins-de-semana. Sinto-me bem, conheço os caminhos e a confiança dá-me velocidade. Sinto-me livre, sinto-me leve, ultrapasso alguns atletas do norte enquanto queixam da dificuldade do terreno.


Os estradões dão lugar aos trilhos, entro num estado de híper-vigilância, apuram-se os sentidos, olho para perto e longe ao mesmo tempo, escuto o meu coração a bater forte em uníssono com o da serra, sei e sou tudo o que se passa à minha volta, salto por cima de raízes que se entortam no caminho, pedras que é preciso ultrapassar e que brincam com os pés a cada passada. Não há grandes subidas e descidas até ao Abastecimento dos Capuchos… Abasteço-me de 1 litro de água. No frio da serra avisam-nos, a partir daqui são 12kms sem abastecimentos…



Terça-feira

Como um peixe fora de água estou eu no centro da sala de brincar, rodeado de crianças, rodeado de um desconhecido que sempre procurei, a aprender uma linguagem que me leve atá ti, até vocês, e que rapidamente descubro que afinal sempre soube falar, somente me tinha desligado de um eu infantil.

Pego-te ao colo, e nesse preciso momento todos os outros bebés começam a chorar, a implorar por colo, no dia-a-dia num centro de acolhimento não há colo para todos, o colo é um bem raro, um bem de luxo na vida aquestas crianças.

Dou-te colo a ti… tenho de dar colo à Inês… e à Maria, ao Marco e à Lara. A Lara… A Lara tem a tua idade e foi vítima de negligências graves, a Lara tem a tua idade e tem metade do teu tamanho, a Lara tem a tua idade e vai todos os dias para a fisioterapia, a Lara tem a tua idade e não grita por colo, a Lara só tem onze meses de vida e conforma-se num canto com o abandono, a Lara tem a tua idade e quando lhe pego ao colo devolve-nos o carinho com o sorriso mais lindo e ternurento.

De noite é altura para um raide louco à Wells, comprar chuchas, biberons, pratos de sopa para bebés, pratos para bebés, colheres para bebés, babetes para ti (e para a minha baba). Comprar cremes para o corpo, gel para banho, banheira, pó de talco, creme para assaduras, gel para as gengivas que te estão a nascer os dentes, ah e fraldas muitas fraldas. Esqueci-me de alguma coisa?

Muitos anos antes, num tempo que não era tempo, os cursos da Segurança Social e a literatura lida entretanto diziam que era altura de investir na relação contigo, na criação de uma vinculação de pai para filho e de filho para pai. Hoje é terça-feira, segundo dia que te conheço, por alguma razão desta confusão engano-me e chamo-te Alex frequentemente e estou apaixonado por ti e por quatro outras crianças que gatinham à minha volta e saltam todas para o meu colo.

Pego-vos ao colo e descubro uma dor nas costas que só vai passar daqui a uma semana…

 

Domingo

Posto de Abastecimento do Convento dos Capuchos: Contemplo uma última vez aquele local de meditação, apartamentos T-Zeros de granito forrado a musgo para alojamento local na idade média.


Desço ziguezagueando até à barragem do Rio da Mula. Uma grande volta por detrás da serra e subo a custo o Trilho das Viúvas a custo, sentindo a cada passada o acumulado de séculos de húmus fofo depositado pelos cedros debaixo dos pés, até lá em cima ao Santuário da Peninha.


A meio caminho da descida a serra despe o seu capacete de neblina para que o sol e o calor reclamam o seu lugar no mundo.

Quarta-feira

Hoje é o dia do primeiro teste. Estou ansioso, estou expectante. Já comprei a cadeira para o carro, tudo corre bem entre nós, dou bem a comida, brinco bem contigo, aceitas o meu colo e não tens vergonha em mostrar-me as vergonhas para te mudar a fralda.

Ontem vieram montar o quarto e hoje vens dormir a sesta cá a casa. Testar o equipamento novo, testar os meus conhecimentos novos, testar se te sentes em casa.

Depois das tarefas matinais no centro de acolhimento, tratado e vestido e levaste-me para brincar no jardim. Gostas de gatinhar, correr, subir e descer escadas, experimentar pisar a terra fresca, as folhas e as raízes. Se te dão hipótese para isso, se te abrem as portas, explodes em atividades. Não paras, exploras o mundo à tua volta, sequioso de tudo, para ti tudo é novo, tudo é um desafio, com os olhos abres a boca da alma e absorver o mundo inteiro de um só golo.

Trago-te para casa. Dão-te almoço à boca, sopa de vegetais e massas, e adormeço-te. Ficas a chorar sozinho no quarto um bocadinho, mas já sei que é assim. Adormeces…

Bochechas redondinhas e um narizinho que inspira e expira longamente, dormes ao compasso da dança de um anjo.

Foram anos e anos a percorrer lugares onde nunca ninguém perdeu nada, em dias que se incendiavam pelo oeste, linhas de pontos que ia unindo, festas e corridas, corridas e festas, referências de um caminho que ia inventando e devorando sem parar e olhar para mim, e que me levassem a algum final que fizesse sentido.

Domingo

Da Peninha desço novamente à barragem numa vertigem, começo a provar o sabor do cansaço e do calor. Subo o trilho Kamikaze, deixo de correr e começo a andar… devagar, as pernas começam a sentir-se bambas mas sinto uma confiança estranha em mim. Pouco a pouco vou deixando para trás vários companheiros de caminho.


Tinham-nos avisado deste troço, longo com necessidade de autonomia completa, que começa a cobrar o seu efeito em mim. Ainda assim, depois de várias paredes longas volto a correr por trilhos e estradões.

A motivação para continuar a partir de agora tem de vir de dentro. As pernas e o corpo estão cansadas, obrigo-me a correr até aquela pedra, depois àquela curva, à outra curva, à outra pedra, a corrida torna-se numa sucessão em linha de reptos auto-impostos e pontos individuais que espero nos levem a alguma meta que faça sentido.

De súbito, tropeço numa raiz e voo até que o chão me recebe com alguns raspões. Doi-me o joelho. Ergo-me no meio da nuvem de pó que eu próprio criei e continuo até à Lagoa Azul.

Mas já cansado e quebrado agarro-me ao segredo que transporto dentro, um tsunami inexorável de esperança que se espalha devagar desde o coração até á ponta dos membros. Conheço pela primeira vez uma força que desconhecia, sorri para dentro e com as mãos fincadas nas pernas, começo a puxada final até ao Chalé da Condessa.

Vou atrás de um casal que se motiva continuadamente, companheiros de vida, ombro a ombro num óbstaculo que a vida lhes pôs à frente. Subo sozinho com as mãos apoiadas nos joelhos. A subida é dura, mas o humor do casal torna a terra menos pesada. Dizem que há cervejas… fresquinhas…

Quinta-Feira

Dia muito importante vens dormir pela primeira a noite toda cá a casa.

O cansaço acumula-se no corpo quebrado, tem sido uma semana a entrar no Centro de manhã ir almoçar quando posso, voltar, brincar a tarde toda e passar a noite a tratar do teu quarto.

Chegaste sem anúncio prévio, sem planeamento ou mentalização. Numa questão de dias a vida mudou de cabeça para baixo. E mudou para sempre, mas do sempre ainda não me tinha apercebido.

Mais abaixo, uma equipa do Centro Paroquial dedicada com jovens e adultos com atraso, jogam à bola uns com os outros. Noto que, de quando em quando, uma monitora nos vai mirando de soslaio.

Ao final da manhã vejo-a escapulir-se do grupo pé ante pé e vir ter connosco com os olhos raiados de vermelho – Olá, já percebi o que está a acontecer, deixem-me despedir dele - diz ela com a voz embargada – Lembras-te de mim fofinho? – Enquanto o abraça forte - Fui eu que te recebi do hospital, apenas com dias de vida - as lágrimas correm-lhe cara abaixo – Sê muito feliz com a tua nova família – dá lhe um beijinho, vira-se e despede-se – Sejam muito felizes.

Vamos para casa, eu com um nó na garganta com tudo o que aconteceu, só é possível para elas fazerem um bom trabalho nestas funções se se envolverem emocionalmente, lágrimas e a dor de coração, são o prémio por um trabalho bem feito. Depois de tu jantares deixo-te à noite pela primeira vez a dormir no teu berço. Pouco a pouco adormeces (não sem uma grande choradeira primeiro) e ouço a tua inspiração e expiração longa.

Domingo

Inspiro, expiro, inspiro, suspiro a vida é um eterno não desistir de respirar, concentro-me, ignoro as dores nas pernas, reduzo-me tão só a uma máquina de respirar e de pôr um pé à frente do outro. Suspiro!


Chego de novo ao Chalé da Condessa, agora no sentido de retorno. A rapariga do Posto de Abastecimento olha para mim e diz-me, com ar de preocupada, que estou a sangrar do joelho e vai buscar uma mangueira para me lavar a ferida. Tratamento VIP. O mais difícil da prova já está! As subidas e descidas técnicas estão para trás, só uns três quilómetros em estradão de terra batida me separam da meta. Um sentimento de realização enche-me o peito.

Arranco para dentro de um túnel de árvores paradisíaco que flui suavemente pela serra abaixo, com uma leveza no coração e um peso nas pernas, desço a pensar que nunca uma prova de trail me tinha corrido tão bem.

Sexta-feira

As primeiras horas da manhã vêem-me chegar ao Centro de Acolhimento, contigo no banco de trás, antecipo um dia difícil, um dia muito emocional, cheio de despedidas e eu com medo de ceder à emoção, de mim próprio. Encho-me de coragem, estão lá todas as empregadas que trabalham por turnos na casa, estão lá as assistentes sociais, a psicóloga e a diretora do centro paroquial.

Um discurso introdutório da Diretora ajuda a adiar o inevitável, a partir de agora passarás a viver em nossa casa, num período experimental de 6 meses, com visitas mensais da Segurança Social, findo o qual terão de efectuar um relatório ao Tribunal de Menores, para que este pronuncie uma decisão definitiva.

Chegamos ao momento em que se instala um silêncio incómodo, ninguém fala porque o próximo passo seria sair pela porta fora para iniciar uma vida nova, sem olhar para trás. No dia anterior tínhamos tido um aperitivo do que seria a despedida no jardim com a monitora. Reunimo-nos no quarto, sentados nas camas, com a vozes embargadas (só há mulheres naquela sala) pouco a pouco recordam-se os teus momentos na casa, desde o momento em que chegaste ao Centro, quando foste ao médico, quando começaste a dançar... Começam a correr rios de memórias que juntam ao discorrer de lágrimas e pouco a pouco, no meio círculo de pessoas, gota a gota, se juntam num mar de amor.

São dez da noite e estou deitado na cama de barriga para o ar e braços abertos, a olhar para o tecto com o peito a transbordar de alegria e um sorriso estupido na cara.

Do teu quarto chega-me a canção da respiração, pesada, inspiração, expiração, inspiração, expiração… Dormes profundamente no teu berço.

São dez da noite, e sem saber, numa história de amor incondicional que está por viver adoptaste-me e foste adoptado.

Domingo


Chego à reta da final e, à medida que me aproximo da meta sinto-me invadido por um imenso sentimento de gratidão. Ardem-me os olhos, treme-me o queixo, abro os braços, e viro as mãos para cima, agradecendo.


Amanhã, segunda-feira, vou conhecer-te.